O isolamento social afeta a regulação da temperatura corporal em camundongos

No paper “Social Isolation Increases Metabolic Rate in the Transition of Light- to Dark- Phase
and Advances Rev-erb-ɑ Expression in Brown Adipose Tissue to Regulate Daily Rhythm of
Core Body Temperature in Mice” mostramos a importância do componente comportamental
para a termorregulação. O isolamento social altera a expressão rítmica dos genes de relógio, o
que pode estar correlacionado com o aumento da expressão da UCP1 no tecido adiposo
marrom, e, consequentemente ao aumento da termogênese na transição da fase clara para a
fase escura. Este aumento de termogênese metabólica contribuiu para o pico circadiano de
temperatura corporal observado nos animais isolados, a despeito de baixos valores de
temperatura durante a fase clara. Por outro lado, os animais ganham menos peso corporal ao
longo do período de isolamento. Assim, propomos que para manter o ritmo de temperatura
circadiana há um aumento de gasto energético em função da reprogramação temporal do
tecido adiposo marrom induzida pelo isolamento social. Entender os impactos do isolamento
social nas repostas termogênicas, amplia nossa visão sobre a interação dos componentes
autonômicos e comportamentais da termorregulação circadiana. Além disso, fornecerá insights
para estudos de metabolismo utilizando camundongos, principal modelo de estudo para
doenças metabólicas tais como o Diabetes mellitus, a obesidade e a síndrome metabólica.
Vale ressaltar que a temperatura ambiente nas instalações onde os camundongos são
mantidos geralmente fica em torno de 20-22 ℃, o que é confortável para os humanos, mas
está abaixo da temperatura ideal para os camundongos. Isso significa que os camundongos
podem precisar aumentar seu gasto energético para manter sua temperatura corporal
adequada nessas condições.
Ficou interessado? O artigo completo está disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666469023000398

O trabalho foi conduzido pelo grupo da Professora Maristela Poletini em colaboração com a mestranda Pietra Barsanele e a Professora Maria Nathália Moraes.

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